Lanterna Verde é a constatação de uma queda (caiu? Pênalti para o Corinthians!) absurda na qualidade dos filmes do gênero. É, do início ao fim, um amontoado de constrangimento com tudo de pior que o cinema comercial pode fazer alternado por bons momentos que deixam bem claro o tamanho do desperdício que a Warner cometeu.
Bom, vamos à sinopse que tirei lá do Adoro Cinema:
Hal Jordan (Ryan Reynolds) é um audacioso piloto de aviões que foge de qualquer responsabilidade. É assim que mantém a amizade com Carol Ferris (Blake Lively), colega de infância e também piloto, que está prestes a assumir o comando da empresa do pai. Hal e Carol tiveram um caso no passado, que não seguiu em frente por causa dele. Um dia, a vida de Hal muda ao ser envolto em uma redoma verde e levado até um alienígena prestes a morrer, chamado Abin Sur (Temuera Morrison). O extraterrestre lhe entrega um estranho anel e diz que ele foi escolhido, além de alertar sobre as responsabilidades de possuí-lo. Ao usá-lo Hal torna-se o Lanterna Verde, tendo condições de moldar a luz verde da forma como sua imaginação permitir. É apenas o início da jornada do herói, que viaja até o planeta Oa para aprender a usar suas novas habilidades e tem como grande teste o temido Parallax.Normalmente, falo das atuações por último. Mas lá vai: Ryan Reynolds virou uma espécie de avatar de todos os problemas da produção, o que é uma grande injustiça. Sua péssima atuação sequer é a pior coisa em um filme feito com o esmero de quem está com dor de barriga. Reynolds é mesmo um ator limitado, com algum carisma e nenhum talento, mas pode se sair bem em um filme dirigido de forma honesta e competente.
Agora, é impossível que ele compense uma história mal dirigida.
Surpreendem os problemas da direção porque Martin Campbell já demonstrou qualidade com um excelente trabalho em Casino Royale. É possível que algum problema com produtores tenha feito aparecerem erros ruins como a edição que conduz a cena em que Jordan sai da casa do sobrinho e é sequestrado por uma bolha de energia.
Em Amanhecer Esmeralda I a idéia é diferente, mas os cortes são menos abruptos do que na telona, o que se torna um erro mesmo que a maioria das pessoas não perceba. A edição tem esses cortes que incomodam e dão a impressão de uma tentativa grosseira em encurtar o tempo de duração. De fato, Lanterna Verdeacaba sendo cansativo, mas não pelo número de horas e sim pela qualidade ruim
Como o melhor exemplo, Campbell peca ao não criar um clímax decente. OLanterna Verde derrota Parallax, a encarnação definitiva do medo, simplesmentegritando seu juramento sem que o espectador seja levado a acreditar que a sua determinação seja assim tão poderosa. Até porque, convenhamos, deixar no olhar monoemotivo de Reynolds a tarefa de transmitir isso é um suicídio cinematográfico.
De novo, lembro de como foi feito em Amanhecer Esmeralda que poderia ter servido como storyboard.
Peter Sarsgaard (Hector Hammond) faz um trabalho razoável, mas encontra dificuldades para manter o tom vilanesco e tem momentos onde é teatralmente exagerado e outros em que consegue chegar ao nível ideal. Em momento algum seu personagem realmente assusta ou parece um desafio. Me pergunto se sua presença era realmente necessária.
Blake Lively tenta fazer sua transição de atriz teen para personagens mais adultos. Talvez seja a melhor atuação depois do ótimo Mark Strong, mas fica difícil se safar quando quase todas as suas cenas têm o dude Reynolds. Strong faz a gente querer um filme só de Sinestro.
Os efeitos especiais de Lanterna Verde são a melhor coisa da produção, mas são mal utilizados para o 3D, que poderia tornar tudo um pouco mais empolgante. Infelizmente a CG não salva o filme. É outro erro de direção-produção que fazem deum filme que poderia ser sensacional algo bem dispensável. É uma pena o roteiro de Greg Berlanti, Michael Green, Marc Guggenheim e Michael Goldenberg (todos assinam o script) parece bem melhor do que sua execução. Ao que parece ao ir para os cinemas, Hal Jordan foi feito por pouca gente realmente capaz de entender do que ele precisava.
Nota: 3
Fonte: MDM
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